Significa que a função tiroideana é insuficiente para produzir hormônios na quantidade adequada, isto é, o nível no sangue dos hormônios da tireóide T3 e T4 estão baixos, ocasionando um aumento do TSH (hormônio estimulador da tireóide) produzido na hipófise (glândula que se situa no meio do cérebro, abaixo do hipotálamo).

Causas:
São várias as causas do hipotiroidismo algumas delas são: o bócio nodular, tiroidites agudas, sub-agudas e crônicas, defeito de síntese hormonal congênito, radioterapia, medicamentos que interferem na síntese e ação do hormônio tiroideano, diminuição da proteína transportadora do hormônio tiroideano e outras.
Dentre estas, a mais comum é a tiroidite linfocitária crônica autoimunológica de Hashimoto, que tem caráter hereditário e tem prevalência na população jovem feminina.


Sintomas:
Como o hormônio tiroideano tem ação em todos os tipos de células, a função de todos os órgãos e sistemas encontra-se alterada no hipotiroidismo, quanto mais baixo o nível hormonal, mais intensos são os sintomas, tais como; queda de cabelo, pele seca e descamativa, acne, unhas fracas e quebradiças, indisposição, sonolência, fraqueza, depressão, baixo rendimento intelectual, anemia, colesterol alto, retenção de líquidos, aumento ou perda de peso, mau função digestiva e intestinal, arritmia cardíaca, diminuição da libido, alterações menstruais, falta de ovulação, abortamento no primeiro trimestre de gravidez, alterações e sangramentos da gengiva (doença periodontal), diminuição da acuidade visual, labirintopatia (tontura, zumbido no ouvido) dentre outros. Nas crianças, o crescimento inadequado e o baixo aproveitamento escolar são os sintomas mais comuns.

Tratamento:
O tratamento é a reposição do hormônio tiroideano T4, que é encontrado na forma de comprimidos, devendo ser tomado pela manhã, sempre da mesma maneira (em jejum ou no café da manhã), pois isto garante que a quantidade absorvida será sempre a mesma, o que permite o acerto da dose ideal para aquele modo de administração.
Raros são os casos cirúrgicos, pois com os recursos de hoje, o diagnóstico é feito precocemente evitando o aumento (bócio) exagerado da tireóide que pode comprimir ou desviar estruturas do pescoço como a traquéia, esôfago e artérias importantes (jugulares), prejudicando assim a função dessas estruturas.
Não há efeito colateral do hormônio tiroideano, o que pode acontecer é uma dose insuficiente ou exagerada. Neste último caso, os sintomas iniciais são taquicardia (aumento da freqüência cardíaca) de repouso, tremor fino das mãos, irritabilidade e insônia.

Controle:
O controle da dose do hormônio, é feita através da dosagem sérica (no sangue) do hormônio tiroideano e TSH hipofisário. Deve ser feito periodicamente, no mínimo semestralmente. Não esqueça que variações climáticas mais intensas e de atividade física podem exigir mudança na dose necessária. Crianças precisam de averiguações mais freqüentes devido seu crescimento. Mulheres grávidas devem fazer exames mensais, pois quanto maior o feto, maior é a quantidade de hormônio necessária para manter o metabolismo materno adequado para as necessidades do filho.
Os pacientes que têm nódulos na tireóide ainda devem fazer o controle ultrassonográfico da evolução dos mesmos e manter a dose de hormônio tiroideano tal que, induza o nível do TSH ser o mais baixo possível, para que não haja crescimento dos nódulos. Ao observar qualquer sintoma, mesmo não estando na época preconizada para sua reavaliação, procure seu médico.